Caridade – a mais bela virtude

 

ca1

Bom dia amigo leitor!
Para termos saúde e qualidade de vida, certamente precisamos cuidar das pessoas que convivem conosco. E quando (infelizmente) acontecem tragédias, nos sensibilizamos e acende em cada um de nós um sentimento e solidariedade e caridade, E é exatamente esse o tema de nossa coluna de hoje.

Caridade. […] S.f. 1. No vocabulário cristão, o amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem […]. 2. Benevolência, complacência, compaixão. 3. Beneficência, benefício […]

Como a caridade é algo difícil de descrever, é mais fácil reconhecê-la quando buscamos exemplos na vida de pessoas que a possuem. Vemos a caridade numa avó idosa e inválida que assina um jornal vespertino, sabendo que isso fará com que seu neto, entregador de jornais, venha à sua casa todos os dias onde ela, tendo-o ao seu lado de joelhos, o ensinará a orar. A caridade é demonstrada também na mãe que, em tempos de duras economias e escassez de carne, parece gostar só das asas do frango, para perplexidade de todos os outros membros da família. A caridade manifesta-se no homem que sofre uma punição publicamente, mas que mesmo assim a aceita com humildade.

Você deve lembrar, todavia, que vivenciar virtudes de vez em quando, ou com o esforço do raciocínio, ou como dever, não significa que já as conquistou. Demonstra apenas o esforço de desenvolvê-las em si mesmo.
É inútil fazer caridade para ter reconhecimento de quem a recebeu. De nada adianta fazer o “bem”, e pedir para que o outro fale pra todos, ou esperar que seja feita propaganda. Também não adianta fazer o bem e pedir algo em troca, ou fazer com essa pessoa fique em dívida com você; isso é humilhar o outro, e em humilhar sempre há orgulho e maldade,.
Muitos podem dizer: como vou fazer caridade se não tenho meios de fazê-la? Amigo, há dois tipos de caridade: a material e a moral. E a segunda, todos podemos fazer, e ela é muito mais reconhecida. Todavia, ela é mais difícil de exercer.
A caridade moral significa suportarem umas as outras criaturas, é o que menos fazemos nesse mundo. Significa, por exemplo, conseguir calar-se quando alguém mais “tolo” que você fala… isso é um gênero de caridade. Outro exemplo é fazer-se surdo quando ouve palavras zombeteiras de alguém que gosta de falar mal dos outros, ou ser “cego” quando algum sorriso de desdém é feito pra você, por pessoas que se consideram acima de você, e na maioria das vezes, estão abaixo espiritualmente. Ou seja, não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral. Mas o principal da caridade moral é não tratar com desprezo o seu semelhante.
Trago hoje, para reflexão, uma história que se chama “O Frio”:

Quatro homens ficaram bloqueados numa caverna por uma avalanche de neve.  Teriam que esperar até o amanhecer para poderem receber socorro.

Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam. Se o fogo apagasse – eles o sabiam, todos morreriam de frio antes que o dia clareasse. Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.

O primeiro homem era um racista. Ele olhou demoradamente para os outros três e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então ele raciocinou consigo mesmo:

– “Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro.” E guardou-as protegendo-as dos olhares dos demais.

O segundo homem era um rico avarento. Ele estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu um círculo em torno do fogo bruxuleante, um homem da montanha, que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele fez as contas do valor da sua lenha e enquanto mentalmente sonhava com o seu lucro, pensou:

– “Eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso?”

O terceiro homem era o negro. Seus olhos faiscavam de ira e ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou mesmo aquela superioridade moral que o sofrimento ensinava. Seu pensamento era muito prático:

– “É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem”. E guardou suas lenhas com cuidado.

O quarto homem era o pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve.

Ele pensou:

– “Esta nevasca pode durar vários dias. vou guardar minha lenha.”

Com estes pensamentos, os quatro homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e finalmente apagou.

Ao alvorecer do dia, quando os homens do Socorro chegaram à caverna encontraram quatro cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha. Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de Socorro disse:

– “O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro.”

ca2

Amigo, não deixe que o “frio” tome conta do seu interior. Mande para longe o frio da indiferença, do preconceito, do egoísmo,  do ódio, do rancor. Se “aqueça” de humildade, amor, de perdão, de esperança no futuro, de caridade.

Muitas vezes pensamos em como seria bom se tivéssemos nascido em um país com menos inflação, com menos miséria, sem corrupção, sem taxas tão altas de desemprego, gozando de melhores oportunidades.Outras vezes nos queixamos do trabalho que executamos todos os dias, das tarefas que temos, por achá-las muito ínfimas, sem importância. Desejamos que determinadas pessoas,  importantes, de evidência social ou financeira pudessem estar ao nosso lado para nos abrir caminhos.

Contudo, tenha certeza: você está no lugar certo, na época correta, com as melhores oportunidades, com as pessoas que necessita para sua evolução.

Pense nisso. Pense agora. E coloque em prática o que você quer de mudança para o mundo.

Boa semana! E seja caridoso, sempre.

Paz e Luz!

A mais bela virtude…

caridade

          Para você ser feliz e ter qualidade de vida, certamente precisa cuidar das pessoas que convivem consigo.E quando (infelizmente) acontecem tragédias, como as de Minas Gerais e Las Vegas, nos sensibilizamos e acende em cada um de nós um sentimento e solidariedade e caridade, E é exatamente esse o tema do artigo de hoje.

          Como a caridade é algo difícil de descrever, é mais fácil reconhecê-la quando buscamos exemplos na vida de pessoas que a possuem.  Vemos a caridade numa avó idosa e inválida que assina um jornal vespertino, sabendo que isso fará com que seu neto, entregador de jornais, venha à sua casa todos os dias onde ela, tendo-o ao seu lado de joelhos, o ensinará a orar.   A caridade é demonstrada também na mãe que, em tempos de duras economias e escassez de carne, parece gostar só das asas do frango, para perplexidade de todos os outros membros da família.  A caridade manifesta-se no homem que sofre uma punição publicamente, mas que mesmo assim a aceita com humildade.

                Devemos lembrar, todavia, que vivenciar virtudes de vez em quando, ou com o esforço do raciocínio, ou como dever, não significa que já as conquistamos. Demonstra, apenas, o esforço de desenvolvê-las em nós

                É inútil fazermos caridade para ter reconhecimento de quem a recebeu. De nada adianta fazer o “bem”, e pedir para que o outro fale pra todos, ou esperar que seja feita propaganda. Também não adianta fazer o bem e pedir algo em troca, ou fazer com essa pessoa fique em dívida com você; isso é humilhar o outro, e na humilhação sempre há orgulho e maldade,.

Você pode se perguntar: como vou fazer caridade se não tenho meios de fazê-la?

Amigo, há dois tipos de caridade: a material e a moral. E a segunda todos podemos fazer, e ela é muito mais reconhecida. Todavia, ela é mais difícil de exercer.

                A caridade moral significa suportarem umas as outras criaturas, é o que menos fazemos nesse mundo. Significa, por exemplo, conseguir calar-se quando alguém mais “tolo” que você fala; isso é um gênero de caridade. Outro exemplo é fazer-se surdo quando ouve palavras zombeteiras de alguém que gosta de falar mal dos outros, ou ser “cego” quando algum sorriso de desdém é feito pra você, por pessoas que se consideram acima de você, e na maioria das vezes, estão abaixo espiritualmente. Ou seja, não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral.

Mas o principal da caridade moral é não tratar com desprezo o seu semelhante, é ajudar da forma que for possível, sendo auxílio na escala evolutiva do outro (e por consequência, na sua também).

Termino o artigo de hoje com outra história, que se chama “O Frio”:

frio

Quatro homens ficaram bloqueados numa caverna por uma avalanche de neve.  Teriam que esperar até o amanhecer para poder receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam. Se o fogo apagasse – eles o sabiam, todos morreriam de frio antes que o dia clareasse. Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.

O primeiro homem era um racista. Ele olhou demoradamente para os outros três e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então ele raciocinou consigo mesmo: “Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro.” E guardou-as protegendo-as dos olhares dos demais.

O segundo homem era um rico avarento. Ele estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu um círculo em torno do fogo bruxuleante, um homem da montanha, que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele fez as contas do valor da sua lenha e enquanto mentalmente sonhava com o seu lucro, pensou: “Eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso?”

O terceiro homem era o negro. Seus olhos faiscavam de ira e ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou mesmo aquela superioridade moral que o sofrimento pode nos ensinar. Seu pensamento era muito prático: “É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem”. E guardou suas lenhas com cuidado.

O quarto homem era o pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve.

Ele pensou: “Esta nevasca pode durar vários dias. vou guardar minha lenha.”

            Com estes pensamentos, os quatro homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e finalmente apagou. Ao alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna encontraram quatro cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha. Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de Socorro disse: “O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro.”

Amigo, não deixe que o “frio” tome conta do seu interior. Mande para longe o frio da indiferença, do preconceito, do egoísmo, do ódio, do rancor. “Aqueça-se” de humildade, amor, de perdão, de esperança no futuro, de caridade.

Muitas vezes pensamos em como seria bom se tivéssemos nascido em um país com menos inflação, com menos miséria, sem corrupção, sem taxas tão altas de desemprego, gozando de melhores oportunidades.
Outras vezes nos queixamos do trabalho que executamos todos os dias, das tarefas que temos, por achá-las muito ínfimas, sem importância. Desejamos que determinadas pessoas de evidência social ou financeira pudessem estar ao nosso lado para nos abrir caminhos.
Contudo, tenha certeza: estamos no lugar certo, na época correta, com as melhores oportunidades, com as pessoas que necessitamos à nossa evolução.

Pense nisso. Pense agora. Seja caridoso, sempre! E coloque em prática o que você quer de mudança para o mundo.

Paz e Luz, ótima semana!