Pessoas sempre com pressa. Prazos expirando. Mal humor. Estresse. (Auto) cobranças excessivas. Doenças. Brigas de família. O ritmo frenético e imediatista que nos impomos faz com que estejamos sempre insatisfeitos, com a sensação de insucesso. A busca por bens materiais, a inversão de valores tem tornado as pessoas cada dia mais frustradas.
E por que isso acontece? Qual é o ponto de desequilíbrio?
Quando falamos de qualidade de vida, abrangemos vários aspectos da nossa existência, que juntos podem nos trazer felicidade/paz de espírito.
Mas antes de tratar desses tópicos, façamos algumas reflexões:
-Você é plenamente (digo 100%) feliz e satisfeito com sua vida?
Se não, continue refletindo:
– O que lhe traz insatisfação?
– Porque isso lhe causa insatisfação?
– O que tem feito para mudar esse quadro?
– O que realmente importa na sua vida?
– O que lhe faz feliz de verdade?
– O que você tem feito de bom para você (e para os outros)?
Nossa vida é preenchida com vários fatores. Para fins didáticos, vamos dividi-la em: pessoal, social, familiar, profissional e espiritual.
Pessoal: trata de desafios que queremos ultrapassar, metas que queremos atingir. É uma questão de “paz interior”… Vivemos reclamando de nossas vidas, porém não paramos pra pensar que nós, e somente nós mesmos, podemos modificar positivamente tudo que nos incomoda. Cuidar do corpo físico, ser o mais saudável possível, fazer atividades que nos dão prazer, estar perto das pessoas que nos fazem bem (e ficar longe das que não nos trazem boas energias), tudo isso é fácil de fazer, desde que tenhamos força de vontade e disciplina.
Social: aqui não se trata (somente) de caridade. Cada um de nós é alguém especial, que está aqui para evoluir, e isso passa pelo convívio com outras pessoas. O que você tem feito pela sociedade? Que exemplo você quer deixar como marca pessoal? De nada adianta reclamarmos da violência, da corrupção, se não formos exemplo prático daquilo que queremos para nós. Não gosta de corrupção, mas paga propina? É contra a violência, mas dirige embriagado? Reclama dos outros, mas é incapaz de ser educado e valorizar sua própria família? É fácil enxergar o cisco no olho dos outros…
Familiar: a família é o berço de tudo. Educação, respeito, exemplos, tudo vem da família. E é ali que devemos começar esse trabalho de mudança, pra que tenhamos uma melhor qualidade de vida. Quando você abraçou seus pais e disse que os amava? De nada adianta dar presentes no Natal e não falar com os familiares o resto do ano. Não deixe para depois para mostrar todo seu carinho aos seus familiares.
Profissional: nosso trabalho deve ser algo que, além de nos prover subsídios para sobrevivência, nos alegre. Fazer o que gosta, e gostar do que faz é muito importante. Mas não podemos esquecer que não estamos aqui somente para trabalhar e pagar contas. Pare, reflita, e veja se não está dando mais valor ao trabalho do que a própria família. De nada adianta prejudicar sua saúde para ganhar dinheiro, se depois terá que gastá-lo para se tratar. Seja responsável, mas não seja obsessivo.
Espiritual: quando falo de espiritual, não me refiro à religião, porque isso é escolha de cada um, escolher aquela que te torna uma pessoa melhor. Refiro-me a crença, ao equilíbrio entre corpo/mente/espírito que devemos ter para uma boa qualidade de vida. Não esqueça de suas crenças. E a partir dela, coloque em prática o que acredita, ajudando ao próximo e melhorando a si próprio, sempre.
Pessoal, social, familiar, profissional e espiritual. A palavra chave é equilíbrio. Ninguém está aqui para sofrer, mas os seres humanos complicam muito suas vidas Ser feliz não é difícil, é uma questão de escolha. Ninguém quer ser infeliz (embora algumas pessoas se comprazem e insistem em se vitimizar pela vida que levam ou levaram), mas precisamos refletir os pontos de insatisfação e termos atitude para mudar o que nos incomoda.
Pensem nisso.
Bom final de semana, e até breve!
— — não rasgue a planilha de sua vida